A Black Friday, período de descontos no varejo que ocorre em 29 novembro, deve movimentar R$ 5,22 bilhões em 2024, segundo estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O montante é 0,4% acima do movimentado em igual período no ano anterior.
O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, destacou a importância das vendas pela internet durante a data. “A facilidade de comparação de preços on-line e o forte apelo promocional fizeram da Black Friday uma das datas mais expressivas do calendário varejista, sobretudo nos canais digitais”, afirmou Tadros em comunicado divulgado nesta quinta-feira.
No mapeamento, a CNC detalhou que, em 2024, os segmentos de móveis e eletrodomésticos e o de utilidades domésticas e eletroeletrônicos deverão concentrar cerca de 46% das vendas previstas. Essas áreas devem movimentar, respectivamente, R$ 1,23 bilhão e R$ 1,18 bilhão este ano.
Outros ramos varejistas de destaque no mapeamento da CNC foram os de vestuário, calçados e acessórios, que deve movimentar aproximadamente R$ 1 bilhão; e o de hiper e supermercados, com expectativa de faturamento de R$ 960 milhões no período de promoções.
O levantamento da CNC monitorou ainda variações de preços dos itens mais buscados na Black Friday, nos últimos 40 dias. Cerca de 55% dos produtos analisados apresentaram tendência de redução de preços. Entre eles, destacam-se ventiladores e tênis femininos, que registraram quedas de preços de até 15% e 13%, respectivamente, informou a CNC. Em contrapartida, itens com alta procura, como ar-condicionado e televisores, mantiveram os preços estáveis, com poucas variações.
Fabio Bentes, economista da confederação responsável pelo estudo, lembrou no entanto que, mesmo durante a Black Friday, persiste média de juros para pessoas físicas ainda elevada. Isso inibe interesse por compras a crédito para bens duráveis, considerou ele, normalmente de maior valor agregado. “O crédito ainda é um fator restritivo, especialmente para bens de maior valor agregado”, reiterou.
Outro aspecto lembrado pela CNC é a atual cotação do dólar, em patamar elevado. Isso encareceu itens importados no varejo, lembrou a confederação e o fenômeno deve permanecer durante a Black Friday. O dólar, que iniciou o ano em R$ 4,89, chegou a R$ 5,77 em novembro, recordou a organização no comunicado.
No informe sobre o assunto, a CNC lembrou que a data, originada de período promocional no varejo americano, foi adotada ao calendário varejista brasileiro a partir de 2010. Desde então tornou-se uma das principais datas de vendas do comércio varejista brasileiro, pontuou a entidade. Hoje, a CNC considera que a Black Friday é a quinta data mais importante do varejo, ficando atrás apenas do Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais.
Fonte: Valor Econômico
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