Nesta segunda-feira (17), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou uma linha para Microempreendedores Individuais (MEIs) e pequenas e médias empresas (PMEs).
O banco fornecerá a esses empresários uma linha de crédito de R$ 21 bilhões, segundo o presidente da instituição, Aloizio Mercadante.
O BNDES vai repassar os recursos para cerca de 70 parceiros, como também poderá operar diretamente.
De acordo com Mercadante, a vantagem é que o BNDES garante até 80% do risco da operação.
“Como a gente garante o risco, ajudamos a diminuir a crise de confiança para que empresários possam ter mais crédito e capacidade de investimentos”, disse o presidente do banco.
A linha de crédito usará a Taxa de Longo Prazo do BNDES.
Produtores agrícolas
O BNDES comunicou também uma nova linha de financiamento para produtores agrícolas que têm recebíveis em dólar, em programa que terá inicialmente disponibilidade de cerca de R$ 2 bilhões ao ano.
O programa, que irá beneficiar com taxas menores, em especial agricultores que cultivam produtos de exportação, deverá ser destinado a financiar compras de máquinas e equipamentos produzidos no Brasil.
Mercadante destacou que a linha é uma “inovação” em momento em que há “certa crise de confiança no crédito”, diante de recentes notícias sobre dívidas da Light e das Americanas.
O presidente do BNDES disse ainda que planeja, em breve, ampliar este programa aos setores da indústria e serviços.
“Vamos começar com R$ 2 bilhões para a agricultura”, disse ele.
A linha de crédito terá taxa de juros fixa de 7,59% ao ano mais a variação do câmbio.
“No caso (do produtor) que tem o recebível em dólar, esta variação não tem relevância”, destacou Mercadante.
Ele ainda diz que “é uma taxa muito abaixo da Selic”, comparando com a taxa básica atual de 13,75%.
A linha terá 24 meses, ou seja, dois anos de carência e até 120 meses para pagamentos do financiamento, segundo o presidente do banco.
Durante o evento transmitido pela internet, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a linha vem solucionar “demanda para o exportador sem gerar custos para o Tesouro Nacional”.
O diretor financeiro do BNDES, Alexandre Abreu, disse que a linha aproveita um “bom momento para captações” em que o banco preserva seus ganhos normais e pode oferecer uma “taxa fixa mais barata”.
Quando a questão é financiamento de investimentos agrícolas, o BNDES responde por cerca de metade dos recursos utilizados no país.
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