A Black Friday é um grande evento do varejo norte-americano que nós importamos para o Brasil. A data já se tornou uma tradição popular por aqui, e o varejo já começa a aquecer seus motores para a Black Friday 2021.
Nos Estados Unidos, a Black Friday acontece logo após o Dia de Ação de Graças, um dos feriados mais populares do país – que é na quarta quinta-feira de novembro. O evento é uma das datas mais importantes para o setor varejista, e dá o pontapé inicial nas compras de final de ano.
A origem do termo “Black Friday” tem diferentes explicações: há quem diga que tem a ver com uma crise na bolsa de Nova York. Outros afirmam que o nome foi cunhado pela polícia da Filadélfia, que tinha muitos problemas para controlar o trânsito caótico nessa época.
A evolução da Black Friday no Brasil
No Brasil, a primeira Black Friday aconteceu em 2010, e foi um evento limitado ao ambiente online. Cerca de 50 das maiores redes de varejo do Brasil aproveitaram a data para oferecer descontos em seus sites e lojas virtuais. O faturamento total não passou dos R$ 3 milhões.
Apesar do início modesto, de lá para cá a data vem ganhando cada vez mais relevância no calendário do varejo brasileiro, e todo ano supera os números anteriores. Isso já começou a acontecer no ano seguinte: em 2011, o faturamento da Black Friday brasileira já chegou aos R$ 100 milhões, com um ticket médio de R$ 450 por compra.
Em 2012, mais um crescimento significativo: a data movimentou R$ 217 milhões no comércio eletrônico – 117% de aumento em relação ao ano anterior. No ano de 2013, os quase 970 mil pedidos feitos na Black Friday movimentaram R$ 424 milhões, superando as expectativas dos organizadores do evento, que esperavam uma movimentação de R$ 340 milhões.
Em 2014, a Black Friday brasileira mais que dobrou seu faturamento – chegando aos R$ 871 milhões, ainda que o ticket médio tenha caído um pouco: ficou na casa dos R$ 416. Eletrônicos e celulares foram os itens mais procurados, respondendo por 41% dos mais de dois milhões de pedidos.
2015 foi um grande ano para a Black Friday: pela primeira vez, o faturamento ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão (fechando em R$ 1,6 bilhão). O ticket médio também subiu, ficando na casa dos R$ 500 por venda. Neste ano, os smartphones passaram a ser mais aproveitados para as compras: 11% dos pedidos (cerca de 311 mil) foram feitos por eles.
Chegamos em 2016 e aqui houve uma pequena decepção: ainda que o faturamento total tenha subido (ficando em R$ 1,9 bilhão), ele ficou um pouco abaixo das estimativas, que previam R$ 2,1 bilhões de faturamento. O ticket médio, por sua vez, cresceu 13% e chegou aos R$ 580.
A previsão do ano anterior se concretizou em 2017, quando a Black Friday movimentou R$ 2,1 bilhões, gerando 3,76 milhões de pedidos. Neste ano, os eletrodomésticos foram os mais procurados, e corresponderam a 23% do faturamento.
2018 chegou trazendo um crescimento de mais de 20% nas vendas, com faturamento acima dos R$ 2,6 bilhões e mais de 4,27 milhões de pedidos. Todas as expectativas foram batidas, ainda que com margens nem tão largas.
Em 2019, último ano em que tivemos uma Black Friday pré-pandemia, o faturamento do varejo brasileiro superou os R$ 3,2 bilhões – alta de 23,6%. Só as compras feitas por smartphones foram responsáveis por mais de R$ 1,7 bilhão, soma que é maior que o faturamento inteiro de três anos antes (2016).
Black Friday na pandemia
O ano de 2020 foi trágico para milhares de empresas e estabelecimentos comerciais por conta da pandemia. O e-commerce, porém, teve um de seus melhores anos. Sem poderem sair de casa, as pessoas passaram a comprar ainda mais pela internet, permitindo que o setor avançasse 41%. Foi a maior alta em 13 anos, segundo a Isto É Dinheiro.
A Black Friday também ignorou a crise e teve um ótimo ano: o faturamento deu um salto de 31%, chegando aos R$ 5,1 bilhões. Segundo a Neotrust, a data “foi um marco para história do e-commerce brasileiro”, pois concentrou “o maior volume de venda já registrado no país em todos os tempos”.
Com a adesão do home office e o distanciamento social, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa, o que mudou os hábitos de consumo: eletrônicos, celulares e eletrodomésticos saíram do topo dos mais vendidos, dando lugar para moda, saúde, artigos para casa, construção, decoração e entretenimento.
5 boas práticas para Black Friday 2021
Faltando poucos meses para a Black Friday 2021, tanto varejo quanto consumidores já começam a se preparar para uma data ainda mais cheia de promoções e oportunidades. Como a pandemia ainda não acabou, o movimento deve mais uma vez ficar concentrado no e-commerce.
Para quem está pensando em vender ou comprar melhor, separamos cinco tendências que tem tudo para “bombar” na Black Friday 2021:
1 – “Esquenta Black Friday”
A Black Friday nunca dura apenas um dia. As ofertas podem durar o fim de semana todo, ou começarem com algumas semanas de antecedência. Muitas redes aproveitam o mês de novembro todo para suas campanhas. Esse tipo de ação deve continuar em alta, uma vez que mantém o varejo aquecido por mais tempo.
2 – Bom atendimento é prioridade
Além de bons descontos, os clientes também buscam bom atendimento. Com o caos da Black Friday, pode acontecer de sites ficarem lentos, ou mesmo saírem do ar. Nessas horas, as empresas precisam estar preparadas para oferecer o melhor atendimento, tirando as dúvidas e acalmando os ânimos dos compradores.
3 – Lives que geram vendas
Quem já está acostumado com a data sabe que as ofertas começam a aparecer durante a madrugada. Os varejistas podem aproveitar essa tendência para transmitir lives em suas redes sociais. A presença de artistas, cantores e, claro, descontos exclusivos para a Black Friday 2021 podem atrair a atenção do público mesmo em horários alternativos.
4 – Capriche na entrega
Muitas vezes, rapidez na entrega é um fator decisivo para o consumidor escolher onde adquirir um produto. Não por acaso, Sedex foi a opção de frete mais escolhida pelos consumidores nas últimas edições da Black Friday. Seja pelos Correios, frota própria ou empresas de transporte terceirizadas, tente não deixar seu cliente esperando por muito tempo.
5 – Utilize as ferramentas certas
Um volume de compras acima do esperado pode desestabilizar um negócio que não está preparado para suprir a demanda. A melhor maneira de evitar isso é apostando em soluções tecnológicas que automatizam a gestão do estoque e outros processos. Um estoque omnichannel, por exemplo, é essencial para quem quer prestar o melhor atendimento.
[Fonte: Neogrid Blog]
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